Juliano Bueno de Araujo
"Temos algumas preocupações a apresentar sobre o volume de blocos que vão ser colocados no leilão, especialmente sobre algumas diretrizes ambientais que insistem em ser realizadas. Uma delas é a apresentação nesta audiência do senhor Nilce Costa, ele cita o GTPEG, acho que a agência precisa se atualizar, o GTPEG foi extinto em 2019. O que nos preocupa, por óbvio, então, é importante que qualquer citação de GTPEG nessa audiência pública, fique relativizado na ata, que esse grupo foi extinto trazendo enormes prejuízos na gestão ambiental e no controle ambiental de qualquer leilão realizado por essa agência.
Nosso pedido é que todos os blocos que tenham estudos defasados e que obviamente não cumprem a premissa da segurança ambiental sejam retirados. Colocando blocos que têm estudos dessa natureza, nossa instituição terá que, mais uma vez, litigar dentro do judiciário, como fizemos na 17ª rodada. O que traz insegurança jurídica e traz a incerteza da qualidade dos serviços, da presteza e do cuidado da Agência em relação aos bens ambientais, ao patrimônio ambiental do Estado e do impacto que isso pode trazer para outras atividades econômicas relevantes do país.
Exemplo, no acidente de 2019 várias praias da região Nordeste do Brasil foram impactadas por uma redução significativa de espécies de animais, como por exemplo, a tainha em que houve uma redução de 70% da sua disponibilidade na matriz alimentar e nas atividades econômicas que hoje asseguram arrecadação significativa para uma série de estados, subsidiam mais de 2 milhões de trabalhadores desse país e esse problema não foi resolvido. Vários blocos que estão sendo colocados a leilão têm estudos defasados que, por exemplo, não tem esse componente de antropização ou das mudanças climáticas."